Apesar do aumento na receita, Prefeitura de Boa Vista corta recursos de secretarias e programas

Apesar de ter registrado superávit em 2020, a Prefeitura de Boa Vista fez cortes em várias programas
A Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV) teve um aumento de 17% na receita, num comparativo entre as LOA’s (Lei Orçamentária Anual) de 2017 e 2020, de acordo com o Portal da Transparência do Município.
Já nas receitas correntes, que levam em conta a arrecadação de impostos, taxas e contribuições, o aumento chegou a 57%, no comparativo entre o previsto nas LOA’s de 2017 e 2020.
Mesmo com esse cenário superavitário de arrecadação, a Prefeitura de Boa Vista promoveu cortes em diversas secretarias e programas que são importantes para a população.
Somente na Habitação e Urbanismo, setores controlados pela Empresa de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Emhur), a tesourada foi de mais de 80%, prejudicando projetos habitacionais e urbanísticos essenciais para a cidade.
O setor cultural, que sempre ficou em segundo plano na atual gestão, teve um corte de quase 20% no já mirrado orçamento, no comparativo entre 2017 e 2020.
Outro ponto que chama a atenção é o corte de 92% no Programa Braços Abertos, ‘vendido’ pela prefeita Teresa Surita como ponto mais forte da prefeitura em termos de acesso a população.
Quem também teve um corte considerável foi o Programa Família que Acolhe, que é uma política pública que cuida da criança desde a gestação até os seis anos de idade, garantindo o acesso à saúde, educação e desenvolvimento social de maneira integrada.
No programa que transformou Boa Vista na “Capital da Primeira Infância”, segundo tem divulgado amplamente a prefeita, a redução foi de 46,63% em seu orçamento anual.
Por fim, quem também foi atingido pela tesoura foram os conselho municipais (Assistência Social, Idoso, Criança e Adolescente, Mulher, Drogas e Tutelares). Todos tiveram cortes orçamentários próximos ou acima de 50% no comparativo entre 2017 e 2020.
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